quarta-feira, novembro 08, 2006

Ode ao Narcisismo que Apetece e ao Amor Puro

Ode ao Narcisismo que Apetece
e ao Amor Puro
«Ele não é Narciso
Mas ele gosta de mim
Ele não tem qualquer encanto
Tirando o facto de gostar de mim
Eu sei quem ele é quando tenta ser secreto
Só porque gosta de mim
Mas ele não me tira do sério
Excepto quando me diz que gosta de mim
E eu nem gosto dele
Mas ele gosta de mim»
Só tu, Amor Puro,
Sim! Tu que também gostas de mim
Não me dás a consolação de gostar
De te ver a contemplar e me sentir admirado
(Admirável Mundo Novo)
Algo nunca falado...
Mas isso eu sempre falei!
De que importa de quem gostei?
Ou de quem me olha assim?
Tu sabes, sempre soubeste,
Que és a metade de mim.
És tu o meu ego exacerbado
Num único espírito,
O meu único Fado.
Autor-que-não-quer ser-identificado
Porque o Amor Puro às vezes tem destas coisas. Destas coisas de se rir do Amor em Vão. Porque o Amor Puro foge hoje para viver para o amanhã que se esconde. E porque o próprio Amor Puro também se esconde atrás do tempo e gosta de jogar ao gato e ao rato.
Porque isto diz tudo o que quis dizer, não me posso deixar de acreditar.
Porque isto não diz nada de novo, não posso deixar de desconfiar.
Obrigada a quem me roubou as palavras.
Fibonacci

2 comentários:

Anónimo disse...

A verdade pura, como o amor puro, são próprios de um estado em que vivemos mergulhados durante os anos que medeiam o fim da nossa infãncia e o duro (às vezes cruel)início da realidade da vida francamente adulta, com todas as responsabilidades que isso implica. Tão bonito relembrar sentimentos de um passado que de poucos anos me parece tão distante...
Obrigada, Bi.

Anónimo disse...

Tenho tanta coisa para dizer, mas ao mesmo tempo sinto que, nada que eu diga, te vai trazer alguma coisa de novo. Tanta coisa para dizer, mas, por mais que eu queira, as palavras certas que eu tento escrever não saiem. Decidi e prometi que comentava este texto simplesmente "..." (nem a palavra certa consigo encontrar para o descrever), mas, mesmo ainda não sabendo o que dizer nem como o descrever, continuo a escrever e a ocupar, quase que ridiculamente, este espaço todo no teu blog. (por isso peço desculpa) Enfim... não vou ocupar mais espaço e vou apenas dizer-te que nada me fascina mais do que ler estes textos no teu blog (mas, como já disse, nada de novo).
Adoro-te Maria Beatriz Oliveira :)