quarta-feira, dezembro 20, 2006

Quiçá (Ferida Aberta Noutro Peito)

Talvez o que sempre é tudo, voe.
E o que sempre é riso, chore.
Foi sol, é água, é terra.
Foi fogo, é neve, é feliz.
Talvez a raiva arda
Talvez a saudade enjoe
Talvez a fuga incandescente não sirva
Ou talvez não.
Talvez um beijo inconsciente nos cure, ao de longe.
Talvez alguém nos dê a mão.
Ou talvez outrem nos roube o que é sagrado.
Foi sagrado, é templo, é tempo.
Porque a cabeça abana condolente
sempre, foi assim
(o vento é pária, é nossa sina!)
Mas não quando a brisa roça perto.
Aí, cola-se a nós O Fim.
Talvez.
Ou talvez não.
Não sei.
Quero acreditar em algo maior.
Quero acreditar na transformação.
E o que era Vida, ultrapassa-a.
E o que era caminho, torna-se perfeição.
E o que era Amor, engrandece-o.
O que era Esperança, é Salvação.
Talvez.
Ou talvez não.
Fibonacci

Sem comentários: