domingo, janeiro 07, 2007

Perspectiva

«Everybody says I'm a lonesome kind of guy
I've been defeated by them all
If they can find me
I'm done
Everybody knows that it really doesn't matter at all

Everybody says I shouldn't mess with you no more
If you see me on my own
Drive on

If I were dismissed
I would've gotten much more
If I wasn't that kind I wouldn't care at all
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
I'll change my whole perspective»

Phoenix
Toda a gente sempre me disse para fazer tudo, que tudo era o melhor que poderia alguma vez fazer. Derrotaram-me, reconheço. Tudo agora é muito e muito e tanto tempo lançado ao céu, à noite, às nuvens, no dia em que não se vê bem o infinito. E esse tudo agora é desculpa para tudo.
Não era bem melhor?
Toda a gente sempre sempre me disse para não mexer mais na ferida aberta.
Escandalizo-me.
Eu nunca. Eu tudo. E por dentro rejubilo, primeiro. Se toda a gente diz, tu pensas. Mas depois, páro o contentamento ironizado e as falsas comoções tossidas. Tu não pertences a este mundo, como te podes aperceber? Aposto que alguém roubou esse pronome (que deixou de ser comum a partir do momento em que me apeteceu que fosse só teu).
Ninguém diz que sou sozinha, eu. Eu e mais ninguém. E ninguém diz mas eu sei. E não gosto, claro que não, e sei que se não fosse eu era tudo bem melhor. Gostava mudar a minha perspectiva, mais cedo ou mais tarde, ser o que toda a gente diz que sou. Mas não sou.
Chamam-lhe trauma.
Vou rir.
E eles nunca irão saber que eu concordo com eles.
Já contigo é diferente. Não sabes. És de outro mundo, claro que não sabes. Mas mal voes daí comigo vais perceber.
Vou rir.
E eles nunca irão saber que tu concordas comigo.

Fibonacci

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