sexta-feira, outubro 13, 2006

Adamastor

Naqueles dias de que lembro, havia uma certa sorte. Uma sorte danada, um raio sem escolha, um escolho contente. Um delírio, Adamastor!
E ai de quem a visse, que ela era cega. E ela dava voltas, naqueles dias de que me lembro, porque não tinha onde parar.
Mas, naqueles tempos sem dias, nada foi acaso, jogo, incerteza. E a meta de todos os Homens e animais tornou-se a procura. Mas só a sorte, danada!, era a achada...
Eu vendi a metade pelo terço, rosários por carvão. Num quarto de casa que o botão não ocupa e o sorriso não alcança. Sim. Foi nessa dança, naqueles dias sem tempos e tempos sem dias.
Eu não parei. Não ia olhar para trás. Não ia ser sal.
Renunciava a todo mal!
Agora tenho o medo de, na confusão do atalho, (um trabalho que não é teu), te percas, Romeu! Metade que completa.
- Hiberna, Verdade, que há-de chegar a tua razão quando o coração pressentir a luz da Noite por um só olhar.
E eu só quero cumprir o destino. E estou tão bem assim. Tu é que sabias, como sempre... Matar as saudades.
Fibonacci

1 comentário:

Anónimo disse...

agora percebi-te, agora sim :) tudo certo, tudo tem logica, tudo tem o q devia ter: palavras com significado, verdade e principalmente o sentimento q tu consegues dar a essas palavras melhor q ninguem. sim tem tudo, o texto está mais completo que nunca!