sexta-feira, agosto 31, 2007
Plano
quinta-feira, agosto 30, 2007
Tempestade
terça-feira, agosto 14, 2007
Igorância minha
Obrigada, seja quem fores. É que não podias conhecer melhor as manhas para me deixar a sorrir. Esqueces-te que isso nada é senão a tua própria identidade?
Continua a falar, por favor. Eu calo-me. Finjo um pouco mais que estou na mais plena e ingénua das ignorâncias.
Ninguém me pode voltar a dar o que apostei e perdi. Mas tu reparaste em mim. Obrigada. Fibonacci
terça-feira, julho 31, 2007
Faltas tu
segunda-feira, julho 23, 2007
Sala de espelhos
Mais tarde Lúcia confessaria que ficou um pouco chocada. A sua natureza irremediável e deliciosamente romântica sempre lhe havia deixado um delicado travo amargo na boca. Sempre a havia obrigado a acreditar que não era ela o mar, só podia tentar imitar a sua voz.
Não que Lúcia aceitasse aquela afirmação como aceitava as críticas, porque essas ainda não havia aprendido a aceitar, como nunca de facto conseguiu. Mas antes era um 'aceito' como quem recebe uma notícia, um pouco noite, um pouco alívio.
Ali tinha tudo, mesmo que lhe faltasse muita coisa. No fundo, tudo o que faltava, era dela. E o que queria, já lhe pertencia.
Feliz como narcisista que era ou egoísta que queria ser. Ali, sozinha e repetida, só com aquela companhia Lúcia quase fingia que o mundo era perfeito.
E, se acreditasse em coincidências, quase que acreditaria que a felicidade existia.
domingo, julho 15, 2007
Forças da Natureza
quarta-feira, julho 11, 2007
Sinal (ou A Saga do Amor-Perfeito)
Prometeste o mundo (Indecisão)
segunda-feira, julho 09, 2007
Diário de viagem
That would be nice.
Fibonacci
terça-feira, julho 03, 2007
Mistérios
No entanto, sou sólida. Não sou líquida.
E este é, para mim, o maior mistério da Mãe-Natureza. Gostava de me sentir parada, quieta, celestialmente imóvel. Mas sou como a Alice, tenho de correr para ficar no mesmo sitio.
Um dia cansei-me da corrida na passadeira. Resolvi saltar para andar para a frente (só aos saltos, Kuhn!). Mas acabei de tropeçar e dói-me o pé. E é o sarcasmo dessa mão gentilmente estendida para me ajudar a levantar que me rasga a alma. De cima a baixo. Fibonacci
segunda-feira, julho 02, 2007
Uma nota só
Feito numa nota só
Outras notas vão entrar
Mas a base é uma só
Esta outra é consequência
Do que acabo de dizer
Como eu sou a consequência
Inevitável de você
Quanta gente existe por aí
Que fala tanto e não diz nada
Ou quase nada
Já me utilizei de toda a escala
E no final não sobrou nada
Não deu em nada
E voltei prá minha nota
Como eu volto prá você
Vou cantar com a minha nota
Como eu gosto de você
E quem quer todas as notas
Ré, mi, fá, sol, lá, si, dó
Fica sempre sem nenhuma
Fique numa nota só.
Toda a gente tem noção que isto dos segundos, minutos e horas fomos nós que inventámos em cima do joelho. E que nunca um minuto irá ter sessenta segundos. E que nunca um dia teve vinte e quatro horas. Estes últimos tiveram, no mínimo, cinquenta e duas. Por isso não quero cair no erro de cair no tempo todo do mundo. Nem em todas as notas. Quero uma. Quero-a e quero agora. Quero o próprio agora. O presente que nem é passado nem futuro nem nunca vai ser nada disso porque simplesmente não está na natureza dele.
sábado, junho 30, 2007
Nada
Lúcia odiava cartas. Cartas lentas, atrasadas, substitutas mal ensaiadas de uma boa conversa. Mas aquela carta, oca e lenta, preenchia-a. E cada vez mais.
Página dois. Continua sem dizer nada. Nem mesmo nas entrelinhas, nada.
Na página três, um início de alguma coisa, mas era fumo sem fogo. Era nada. O mesmo nada que preenchia o vazio daquelas três páginas cheias.
E nem na despedida, nem na assinatura, Lúcia não lia nada de nada. E gostava.
Nunca tinha recebido uma carta assim.
Tão cheia do nada, vazia de olhar, repleta do tudo que um buraco negro suga.
sexta-feira, junho 29, 2007
A fio
segunda-feira, junho 25, 2007
Se o nosso Verão breve for venha um Inverno comprido

Fibonacci
terça-feira, maio 29, 2007
To hell if I know where love resides.
Young lovers seek perfection.
Old lovers learn the art
of sewing shreds together
and seeing beauty in
a multiplicity of patches.
How to make an american quilt, Jocelyn Moorhouse (1995)
quarta-feira, abril 25, 2007
Liberdade
A Liberdade é uma coisa esquisita. É como o Amor. As pessoas lembram-se dela quando falta. Porque falta. Tantas vezes.
(Jurei a mim mesma que não usaria frases feitas. Mas é difícil. Toda a gente fala da liberdade. E haja liberdade de expressão!, mas imaginação nunca há e sempre é mais fácil citar que criar. Mas eu tento.)
Eu tento dizer como é importante este dia. Mas não quero mentir. Eu nunca vi a liberdade. Para mim, a liberdade é voar. A liberdade é correr e eu corro todos os dias. Se eu não conseguisse, eu ia fechar os olhos com muita força e imaginar que estava a correr. Eu ia sentir o vento na minha cara e a velocidade no pulsar do meu sangue. E eu ia, assim atada, assim fechada, eu ia ver a liberdade. Mas assim, livre, eu corro. E corro. Mas o vento faz-me frio e a velocidade assusta-me. E eu não fecho os olhos e não vejo nem imagino.
A Liberdade é mesmo uma coisa esquisita. É como a Noite. Exige tanto das pessoas. Ela quer energia, ela quer uma visão sensata e sensível, ela quer discernimento, ela quer vontade. Mas as pessoas cansam-se. Cansam-se da luta, da batalha diária contra o comodismo do doce calvário do rio que segue, e segue, mas não escolhe o seu caminho.
A Liberdade é uma coisa mesmo esquisita. É como o Sol. Nasce todos os dias. E, apesar de nada nos dizer que ele vai nascer no dia seguinte, excepto a rotina de uma crença irracional, nós sabemos que sim, ele nasce. Sabemos não por saber mas porque, antes de nascer no Oriente, ele nasce dentro de nós. Mesmo à noite, nós sabemos que o Sol vai nascer. É como a liberdade.
E eu acredito naquela coisa esquisita da qual eu nunca senti falta, aquela que eu nunca vi, aquela que me cansa e aquela que nunca me deu a certeza que aparecer amanhã. Mas acredito. Acredito cegamente. Acredito e continuarei a acreditar.
Acredito como acredito no Amor.
Acredito como acredito na Noite.
Acredito como acredito no Sol.
Acredito nela como em mim, porque somos as duas uma só.
E nem que tenha sido apenas para eu poder estar aqui a escrever a Liberdade vale a pena.
Esta foi uma frase feita. Mas o que aconteceria à imaginação, se não sonhássemos todos o mesmo sonho?
Fibonacci
terça-feira, abril 24, 2007
Gigantes
Quero saber quem sou e quero que o mundo perceba como sou gigante e como sou bem assim.
Quero rodopiar sem sair do sítio, cansada. Quero ser como o mar. Salgada.
Quero olhar para baixo, para as estrelas durante toda a noite e, mal cheguem os primeiros indícios da manhã, quero soprá-las, uma a uma, quero apagá-las.
Quero porque somos. Todos. E eu. E tu. Gigantes.
Posso ser tudo, posso ser o que for preciso. Mas quero ser mais.
Um dia... um dia vou ser mais do que sou agora. Quero jamais esquecer o que começa já a esvair-se da memória.
Quero saber que a solidão cabe toda no meu bolso. Quero guardá-la assim para quando tu vais embora. Quero chorá-la pedante. Mas tu dizes, e eu deito-a fora, que o Inferno já não o posso guardar. Mas posso rir, posso gritar.
Fibonacci
terça-feira, abril 10, 2007
Densidade
segunda-feira, abril 09, 2007
Perhaps
And so how am I ever to know?
You only tell me
perhaps, perhaps, perhaps. A million times I've asked you,
and then I ask you over again,
you only answer
perhaps, perhaps, perhaps. If you can't make your mind up,
we'll never get started.
And I don't wanna wind up
being parted, broken-hearted.
So if you really love me,
say yes.
But if you don't, dear, confess.
And please don't tell me
perhaps, perhaps, perhaps. If you can't make your mind up,
we'll never get started.
And I don't wanna wind up
being parted, broken-hearted.
So if you really love me,
say yes.
But if you don't, dear, confess.
And please don't tell me
perhaps, perhaps, perhaps,
perhaps, perhaps, perhaps,
perhaps,
perhaps,
per………….haps
Cake